Caso o poupador queira resgatar o dinheiro antes do prazo de vencimento, pode revender o título comprado para o próprio Tesouro Nacional. Os títulos disponíveis para compra têm preços que oscilam entre quase R$ 1.000 (uma NTN-B para vencer em 2035, por exemplo) a mais de R$ 5.400 (uma LFT para vencer em 2017). É permitido, no entanto, comprar somente uma fração desses papéis --- 0,10 de um título (e seus múltiplos), até o limite mínimo de R$ 30. Essa forma de aplicação é bastante conservadora. O investidor somente passa a correr algum risco no momento em que precisa sacar o dinheiro antes do vencimento. O motivo: o Tesouro Nacional aceita recomprar o título, mas pagando o valor de mercado -como as ações, os títulos também são negociados diariamente por grandes investidores, como bancos e fundos de pensão. Eventualmente, o valor de revenda pode estar menos vantajoso que o valor de compra.
2-) Em Fundos e CDBs: aplicações financeiras com valores baixos de investimento inicial costumam arcar com taxas de administração mais altas, o que corrói o rendimento oferecido pelo produto. Mesmo CDBs, que não têm esse tipo de taxa, oferecem um ganho pobre caso o valor aplicado seja muito baixo. Sendo assim, restam duas alternativas para o poupador com R$ 1.000 pode adotar duas estratégias para fazer o dinheiro render mais. A primeira é fazer uma boa pesquisa de mercado. No caso dos CDBs, não vale a pena deixar o dinheiro em produtos que ofereçam um rendimento abaixo de 100% do CDI (o juro praticado nos empréstimos feitos entre os bancos, e que segue de perto a taxa básica de juros do país).
A outra saída para o investidor é aceitar correr um pouco mais de risco, ainda se mantendo no universo das aplicações de renda fixa. Existem dois tipos de fundos desse perfil que têm sido recomendados pelos especialistas para este ano: os chamados "fundos de inflação" e os fundos de crédito privado. O primeiro produto aplica o dinheiro do poupador, preferencialmente, em NTN-Bs, títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, que acompanham a inflação (medida pelo índice de preços IPCA) mais uma taxa de juros (que varia em torno de 3%). O segundo produto investe o dinheiro em títulos públicos (o recheio habitual dos fundos DI e de renda fixa) mas também enfatiza títulos emitidos por empresas. Além de tomar dinheiro emprestado nos bancos, as empresas também podem vender debêntures, títulos de dívida que rendem juros, em tese, superiores aos títulos públicos como as NTN-Bs ou LTNs.
Se eventualmente a taxa básica de juros subir, as NTN-Bs podem ficar menos atrativas, o que deve afetar o rendimento dos fundos de inflação. No caso dos fundos de crédito privado, o risco que o investidor vai correr é o risco das empresas [que lançaram os papéis que recheiam a aplicação].
3-) Na Bolsa de Valores: o jeito mais simples de aplicar dinheiro em ações é por meio de fundo de investimento em renda variável, que tem ampla oferta nas agências bancárias. Boa parte deles é atrelada ao índice Ibovespa, o termômetro da Bolsa brasileira. A vantagem dessas aplicações é a diversificação. A corretora paranaense Omar Camargo Investimentos, por exemplo, possui um fundo de ações voltado para o varejo com aplicação inicial de R$ 1.000. Esse fundo abrange 16 ações, escolhidas entre os setores de consumo e varejo, bancos, shopping centers e alimentos, entre outros. Neste caso a recomendação é que o cliente evite ficar exposto a somente um ou dois setores da economia.
Outra alternativa, ainda no universo da Bolsa, é o próprio investidor adquirir as ações no pregão da Bolsa. O empecilho para aplicar baixos valores é a exigência do "lote-padrão", isto é, de uma quantidade mínima para comprar ou vender ações de uma empresa. O tamanho de lote-padrão mais comum é 100, o que pode inviabilizar investimentos desse tipo. Então amigo leitor, o que achou das dicas? Compartilhe sua prática com o assunto, como você investiu seus primeiros um mil reais? Até a próxima!
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